A contagem dos anos da história de nossa localidade se inicia a partir de 1915, quando os homens das famílias Freüdenberg, Krombauer, Wünsch, provenientes das colônias velhas, municípios de Venâncio Aires, Estrela, atravessando o Rio Conceição, vieram aqui abrir as primeiras lavouras. Após este trabalho, retornaram a suas colônias de origem, para buscarem seus pertences e suas famílias. Aqui chegando, Petter Kronbauer em 1916 instalou a primeira serraria, fato que atraiu outros colonizadores, que foram se instalando e formando conseqüentemente um pequeno povoado, que deu origem a Povoação Coronel Barros, nossa atual sede.
Cidade de Coronel Barros
A ocupação das terras da nossa região, deu-se no sentido de leste para oeste, ou seja, da sede de Ijuí, Linha 6, 7 e 8 Oeste, seguindo progressivamente até a sede de Povoação Barros.
A margem esquerda do Rio Ijuí, linhas 6 a 8, localizaram-se descendentes de espanhóis. Na linha 8 oeste, descendência Teuto- Germânica, na Linha 11, um núcleo de Poloneses, que construíram a primeira Igreja da Região, mas posteriormente transferiram-se para Guarani das Missões.
Ao Sul da atual sede de Coronel Barros, já antes de sua fundação, no local denominado pelos demarcadores de terras de “Rincão Canta Galo”, havia um núcleo de cablocos; descobrindo-se ali uma fonte de água medicinal, oportunizando a construção de uma casa de saúde, com banhos medicinais, por um curador, Rudolfo Ignasio da Cruz, que também construiu várias casas de madeira para alugar a seus clientes, que vinham de várias localidades. Após a morte do curador e por rixas locais, este núcleo deixou de existir, transferindo-se a Igreja Católica para sede de Povoação Barros, bem como seus moradores.
As terras da margem esquerda do Rio Conceição pertenciam à família Major Porfirio Aires. Sendo parte desta gleba adquirida pelo Coronel Alfredo Steglich com incentivo de Antonio Soares (Cel. Dico ou Cel. Barros) primeiro intendente eleito de Ijuí, demarcaram a área e passaram a colonizá-la. Este núcleo de colonização e seu povoado passaram a ser chamado de Povoação Coronel Barros.
A região foi gradativamente desbravada, vindo mais colonizadores, abrindo clareiras na mata, surgindo às lavouras de subsistência, casas rústicas coloniais, pequenas criações, o processo como um todo se estabelece, surgindo mais uma região colonizada. Cada migrante, trazendo consigo, sua formação cultural, religioso, étnico, bem caracterizado na nova comunidade. Os traços predominantes da colonização de Coronel Barros, são de origem Germânica.
Povoação Coronel Barros , cresce e se desenvolve em todos os sentidos e no dia 22 de janeiro de 1956, por tanto a 37 anos passados, quando era prefeito de Ijuí, o Senhor Lothar Fridirich e vereador de nossa comunidade, Oldemar Vontobel, passa a categoria de distrito, sendo seu primeiro Sub- Prefeito João Alfredo Scherer.
Na oportunidade foi efetuada grandiosa solenidade sendo as autoridades e visitantes recepcionados na Linha 8 Oeste, divisa do distrito,onde fora cortada fita simbolica, seguindo a comitiva até a sede do distrito, onde foi empossado o Sub- Prefeito seguindo-se festejos populares. Marcaram presença os deputados Alberto Hoffman e Amadeu Ferreira Weimann.
A história de Coronel Barros é longa, muitos fatos importantes ocorreram, transformações sócio econômicas, políticas, religiosas, culturais....Gostaríamos de destacar a todos, mas não é possível, levaríamos muito tempo, mas fica nosso reconhecimento e gratidão por todos que trabalharam, lutaram por essa terra, marcando sua presença e nos delegando a responsabilidade de continuarmos este labor.
As pessoas passaram, mas a nossa terra, nossa localidade fica, e cabe a nós todos assumirmos a continuidade.
E neste processo, chegamos ao movimento de emancipação. Em inicio do ano de 1990 foi assunto na reunião do CONDEC (Conselho de Desenvolvimento Comunitário) realizada no Pavilhão da Igreja Evangélica Luterana do Brasil Comunidade Cristo de Coronel Barros- IELB quando se iniciou a discussão sobre o Movimento Emancipacionista. Decidiu-se nesta reunião buscar subsídios para o inicio do processo de emancipação, tais como numero de habitantes, extensão de área e demais condições necessárias para aprovação do processo de emancipação. Estiveram presentes nesta reunião o Presidente do CONDEC, senhor Gilberto Hari Rohde, Pastor Raminson, Armindo Phillip, Helmut Raimann, Senio Reinoldo Kirst, Delcio Hamm, entre outros. A comunidade chegou à conclusão de que não poderia parar estacionar no tempo. Assim, como Ijuí, Augusto Pestana e tantos outros, disseram sim, um dia a sua emancipação; a comunidade num total de 1622 eleitores, 1395 disseram SIM ao plebiscito de novembro de 1991, fazendo um total de 86% dos eleitores, outros 197 disseram Não e ainda 09 deixaram em branco e 21 anularam o voto. Todos os votos foram vetados pelo Governador do Estado. Derrubado o veto, veio o entendimento e a aprovação das emancipações.
O governador Alceu Colares, no dia 20 de março de 1992, sancionou e promulgou a Lei nº 9.575 criando o município de Coronel Barros.
